GESTÃO ADMINISTRATIVA

Marcos Mendonça
Presidente da TV Cultura de 2004 a 2007 | 2013 a 2019.
Choque de Gestão para enfrentar o sucateamento da TV Cultura
A Fundação Padre Anchieta vivia uma das mais agudas crises de sua história quando Marcos Mendonça assumiu a sua presidência em junho de 2004. A instituição estava à beira da insolvência, conforme reconheceu o Conselho Curador, que recomendou medidas urgentes e de impacto para debelar a situação pré-falimentar.
“A situação é gravíssima. É necessário fazermos uma reestruturação total, repensarmos integralmente a Fundação com um plano ousado de redução de despesas e de captação de recursos. É preciso modernizar os equipamentos e reduzir os custos operacionais”, relatou o conselheiro Edson Vaz Musa, conforme registra a ata da primeira reunião do Conselho após a posse da nova diretoria.
O alerta não podia ser mais claro: ou se adotavam rapidamente medidas duras ou o futuro do complexo de emissoras públicas de São Paulo estaria ameaçado. Um verdadeiro choque de gestão foi imposto à Fundação e, já no final de 2004, apenas seis meses após a posse da nova diretoria, estava zerado o temido déficit de R$ 11 milhões previsto para aquele ano. Em apenas seis meses foram assegurados o equilíbrio e a estabilidade financeira.
Cortando Custos e Buscando Novas Receitas
O equilíbrio financeiro da Fundação Padre Anchieta só foi possível por uma drástica redução de custos, ao mesmo tempo em que montou uma estrutura moderna para buscar novos serviços e patrocinadores para aumentar a receita.
Isto permitiu à Fundação dobrar sua receita própria em três anos, saltando de R$ 20 milhões em 2004 para R$ 40 milhões em 2006, o equivalente a quase 40% de seu orçamento.
O Governo de S.Paulo permaneceu o principal financiador da FPA. No entanto durante a gestão Marcos Mendonça a Fundação recebeu dotação R$ 30 milhões menor do que o governo do Estado destinou à administração do triênio anterior, com substancial economia de recursos públicos.
Três anos de sucesso
A superação da crise em que vivia mergulhada melhorou consideravelmente a imagem das emissoras junto ao público. Pesquisas do Datafolha, do Ibope e do jornal Meio & Mensagem comprovam que, na opinião dos entrevistados, a TV Cultura era em 2007 a emissora de maior credibilidade no Brasil, a mais ética e de maior independência editorial. Sua programação foi considerada, também, a de melhor nível cultural do país.
Foram muitas as conquistas a comemorar. Com enorme sacrifício foi obtido o equilíbrio financeiro; a modernização tecnológica da TV e das rádios; o lançamento do canal por assinatura TV Rá Tim Bum; a salvação do acervo de 38 anos de programas de rede; a retomada de produções e uma completa reformulação na programação.