ARQUIVO DO ESTADO

Marcos Mendonça
Secretário da Cultura do Estado de São Paulo - 1995 a 2002
Sensibilizado com a preocupação de Marcos Mendonça em salvar o valioso acervo do Arquivo do Estado e em dar-lhe instalações adequadas, o Governador Mario Covas liberou sua construção como primeira obra de sua gestão, apesar das dificuldades financeiras encontradas.
Uma das questões que mais preocupava Marcos Mendonça no início de sua gestão na Secretaria da Cultura era a situação precaríssima em que se encontrava o Arquivo do Estado. Em funcionamento em uma antiga edificação, além de infiltrações e goteiras, a falta de espaço para o armazenamento adequado dos documentos convergia para uma situação altamente perniciosa para a sua preservação. Mário Covas ao assumir o governo do Estado em 1995, face às dificuldades financeiras encontradas, havia determinado a suspensão de todas as obras em andamento e a verificação de contrato por contrato para análise de recursos e de viabilidade. Dentre as obras suspensas constava a da construção de um novo arquivo no bairro de Santana, ainda na fase de fundações. Entretanto, sensibilizado com as péssimas condições de armazenamento desse acervo de documentos tão valiosos, Mário Covas autorizou a re-elaboração do projeto para adequá-lo a valores mais compatíveis e o Arquivo do Estado foi a 1ª obra que o Governador liberou para ser executada em São Paulo. Pela primeira vez em sua história, o Arquivo Público do Estado possuía instalações construídas especificamente para as suas necessidades.
Hoje o edifício sede se constitui de três prédios, que abrigam o salão de atendimento, 14 depósitos para acervo, laboratórios, salas de trabalho, salas de aula, galeria de exposições, anfiteatro com 103 lugares, palco externo e estacionamento. Mais do que um local voltado à pesquisa e ao estudo é também um local de exposições. Lá foi criado um centro de memória do teatro paulistano e um jardim de esculturas, fazendo homenagem aos escultores brasileiros. Tudo isso porque Marcos Mendonça entendia que o Arquivo deveria não só executar com excelência a sua finalidade primária de pesquisa e guarda de documentos, mas também porque entendia que a instituição deveria chamar a atenção da população em geral para esse mundo desconhecido do arquivo público. Várias exposições foram realizadas com documentos do próprio acervo, bem como palestras e cursos, dinamizando sua atuação. O Arquivo do Estado com seu jardim de esculturas, seu laboratório de restauro de documentos e seu centro de exposições, transformou-se em mais uma das marcas da gestão de Marcos Mendonça.